terça-feira, 27 de janeiro de 2015

TEXTO E HIPERTEXTO: O “HIPER” DO HIPERTEXTO E OUTRAS QUESTÕES

1      1-Qual a motivação do autor para propor um estudo sobre o “hiper” do hipertexto, ou seja, o que o autor pretende com o texto?
R – O autor busca relacionar o hipertexto à linguística e ao seu uso enquanto produto tecnológico.

 2-Quais questões o autor discute? Enumere-as e comente-as dando sua opinião,  acrescentando ou refutando seus argumentos.
R1. O surgimento do hipertexto  eletrônico a partir da informática. Sendo assim, foi relacionado a conceitos técnicos, deixando de lado as características linguísticas.
2. A leitura de hipertextos, devendo focar-se não apenas na característica tecnológica, mas também na construção de sentidos, devendo ser necessário o conhecimento dos processos de leitura e escrita.

3- Quais os autores/obras que ajudam o autor a fundamentar sua argumentação? Faça um quadro seguindo critérios de posicionamento de cada um deles.
Perfetti (1996)
Rouet & Levonen (1996)
Koch (2005)
Braga (2004)
Critica o fato de a pesquisa sobre o hipertexto ser mais técnica.

A vantagem do hipertexto está na usabilidade, pois, para eles, é mais fácil para os leitores tirarem vantagem das características não lineares disponíveis.

Afirma que a diferença entre texto e hipertexto está apenas no suporte e na forma e rapidez do acessamento.
 Afirma que o hipertexto é uma continuidade do texto impresso.


4     4-Qual a crítica que o autor faz a respeito das mudanças de foco nas pesquisas sobre hipertexto e sobre os modismos acadêmicos?
R - Critica o fato de que as pesquisas voltaram- se mais para a usabilidade (característica tecnológica) e não na construção de sentidos (campo da Linguística e das Ciências Cognitivas).

5- O que ou em que as pesquisas na área de Linguística Aplicada e Linguística de Texto deveriam se ater para estudar o hipertexto? Quais questões estão em aberto, segundo o autor?
R – No conhecimento de leitura e escrita do leitor, para que o processamento do texto possa implicar no processo cognitivo que opera nos domínios e nos propósitos do leitor.

6- Faça um quadro entre as semelhanças e diferenças entre texto e hipertexto.  Acrescente uma coluna com suas próprias observações e comentários a respeito de cada item.
TEXTO
HIPERTEXTO
COMENTÁRIOS
As páginas são organizadas em rede
As páginas são organizadas sequencialmente
No hipertexto, o próprio leitor pode conduzir os caminhos da sua leitura
O leitor pode deslocar-se livremente
O leitor desloca-se através dos links
No texto impresso, o leitor está livre para se deslocar, enquanto que no hipertexto vai depender dos links existentes
O leitor pode, passivamente, aceitar a sequência proposta pelo autor.
O progresso depende das decisões do leitor
As sequências no texto impresso estão definidas, enquanto no hipertexto o progresso da leitura vai depender do leitor e sua representação de informações


Texto: A TEXTUALIDADE DO HIPERTEXTO

1     1-Quais as visões de texto e de leitor comentado por Koch? Em qual você mais se encaixa como leitor(a)? E como professor(a)?
R - Na concepção interacional (dialógica) de língua, Koch diz que os sujeitos são vistos como atores/construtores sociais, o texto passa a ser considerado o próprio lugar da interação, e os interlocutores como sujeitos ativos, que, dialogicamente, nele se constroem e são construídos.
Como leitora e professora, entendo que tal concepção contribui no ensino e no aprendizado, uma vez que o texto, em sua compreensão, deve construir sujeitos capazes de interagir, baseando-se nos elemento linguísticos.

2    2-É possível estudar o hipertexto como discurso (3ª. Perspectiva mencionada por Koch)? Quais as implicações?
R – O hipertexto pode seguir a linha do discurso, ligando a linguagem verbal a imagens, produzindo textos interativos, com características próprias.

Texto: TIPOS DE HIPERTEXTO

1      1-Qual é a definição de hipertexto adotada pelo autor?
R – Tanto quanto o texto tradicional, o hipertexto é também o local e o resultado da interação ativa, verbal ou não, entre interlocutores, que dialogicamente nele se constroem e são construídos, porém diferencia-se e é identificado pela sua existência exclusivamente eletrônica e a presença incondicional de links.

    2-O que são hipertextos abertos e fechados? Exemplifique.
R - Os hipertextos abertos os conteúdos podem estar distribuídos em vários repositórios ou servidores. Ex.: Web.
Os hipertextos fechados são aqueles em que todo o conteúdo se encontra armazenado em uma única unidade de armazenamento. Ex.: CD-ROM

3     3-Qual a importância da pesquisa sobre tipos de hipertextos para as ciências linguísticas?
R - Os tipos de hipertexto, suas características e funcionalidades vão remeter à intertextualidade ligada à evolução da leitura e da escrita, a fim de produzir informações que levam a conhecimento ligados às ciências linguísticas.

4      4-Qual deve ser o papel da escola com relação ao ensino da leitura e da produção de hipertextos.
R – A escola, como fator indispensável na formação do indivíduo, deve buscar métodos que remetam o aluno a adquirir conhecimento e senso crítico. A leitura e o hipertexto devem estar ligados de modo que os alunos possam interagir e aprender utilizando não só os recursos impressos, como também os digitais, através de metodologias aplicadas pelo professor em sala de aula, ensinando novos modos de produção e leitura.

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Gênero textual Charge


PLANO DE AULA
Disciplina: Língua Portuguesa
Turma: 1º ano (Ensino Médio)

OBJETIVOS

ü  Incentivar a leitura e interpretação de charges;
ü  Identificar a linguagem verbal e não-verbal utilizadas nas charges;
ü  Desenvolver o senso crítico;
ü  Reconhecer as características do gênero textual charge.


PROCEDIMENTO METODOLÓGICO

ü  Aula expositivo-dialogal;
ü  Entrega de cópias com ilustrações de charges;
ü  Vídeos

  



DESENVOLVIMENTO

1º passo
Incentivar a prática da leitura, para um desenvolvimento do senso crítico, permitindo ao aluno sua própria interpretação das charges, não sendo necessariamente a que o autor quis passar.


2º passo
Os alunos serão divididos em grupos. Com tema livre, deverão criar suas próprias charges e apresentá-las em sala de aula.



CHARGE

Bom humor, ironia, linguagem verbal e não verbal. Esses são alguns dos elementos que constituem o gênero textual chamado charge.
Você que está acostumado a divertir-se com as charges presentes em revistas, sites e jornais impressos, sabia que elas constituem um gênero textual? Sim, as charges não são apenas ilustrações que refletem a opinião de quem desenha, são tipos de enunciados que podem ser objeto de uma rica análise linguística.
O termo charge tem origem no francês "charger" que significa "carga". A primeira charge publicada no Brasil foi no ano de 1837 e tinha como título "A campanha e o Cujo". Foi criada por Manuel José de Araújo Porto-Alegre, que dentre as funções exercidas na política e ensino, era também pintor e caricaturista.
Aliando linguagem verbal e não verbal, as charges são mais do que piadas gráficas permeadas pelo humor e por uma fina ironia. São tipos de textos que podem ser usados para denunciar e criticar as mais diversas situações do cotidiano relacionadas com a política e a sociedade. Como prova de sua relevância, estão cada vez mais presentes nas provas de concursos e vestibulares, quando o candidato tem sua habilidade de interpretação de texto colocada em análise.
Ao interpretarmos uma charge, podemos perceber que diversas informações podem estar nela circunscritas, o que nos obrigará a recorrer aos processos de construção de inferências e analogias para compreendê-la em sua totalidade. Se não lançarmos mão desses processos, dificilmente o conteúdo da charge será apreendido.
Podemos dizer que o principal objetivo de uma charge é transmitir uma visão crítica sobre determinado assunto que esteja sob alvo de discussões na sociedade. Por isso as charges podem ficar datadas, ou seja, podem perder seu objetivo por estarem marcadas cronologicamente. Normalmente elas são publicadas nas seções de artigos de opinião e cartas aos leitores, justamente por indicarem opiniões e juízos de valores por parte de quem enuncia, no caso, o chargista



Referências:

<http://www.significados.com.br/charge/> Acesso em 15 de janeiro de 2015  <http://www.mundoeducacao.com/redacao/charge.htm> Acesso em 15 de janeiro de 2015




 



 Sites relacionados:

   

  






MULTIMODALIDADE

A Multimodalidade contribui, de forma significativa, na construção de sentido de um determinado texto, fazendo com que novas posturas para a compreensão textual sejam trazidas à tona. Koch (2002) e Koch & Elias (2006) afirmam que todos esses elementos textuais intervêm na atribuição/elaboração de sentido, por parte do leitor , possibilitando, dessa forma, desenvolver um trabalho com leitura e compreensão de texto, partindo de uma perspectiva semiótico-discursiva.

Sendo assim, pode-se dizer que a Multimodalidade é uma articulação de elementos que contribuem na produção de sentido em uma situação comunicativa, não se limitando somente à leitura, mas envolvendo também as práticas sociais.

Os estudos de gêneros discursivos tem sido desenvolvidos sob uma gama variada de perspectivas teórico-metodológicas, cujas teorizações, cada vez mais refinadas têm contribuído equiparavelmente para a compreensão e o ensino das ações sociais materializada pela linguagem. (CATTO & HENDGES, 2010, p. 193).

Referências
  • KOCH, I. G. V. Desvendando os segredos do texto. São Paulo: Cortez, 2002.
  • KOCH, I. G. V.; ELIAS, V. M. Ler e compreender: os sentidos do texto. São Paulo: Contexto, 2006.
  • CATTO, N. R.; HENDGES, G. R. Análise de Gêneros Multimodais com Foco em Tiras em Quadrinho. SIGNUM: Estud. Ling., Londrina, n. 13/2, p. 193-217, dez. 2010.
  • http://www.efdeportes.com/efd184/pedagogia-da-leitura-multimodal.htm

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

HIPERTEXTO


         O hipertexto vai designar uma coleção de documentos com links, ou hiperlinks, que vão auxiliar o leitor a ir de um texto a outro sem se perder no decorrer da matéria, caracterizando-se pela liberdade do percurso; possui uma natureza não-linear, não-sequencial, sem início e sem fim, onde a ordem de leitura de um texto pode variar de um leitor para outro. Em um hipertexto, todos os pontos se ligam, sem que haja uma ordem exata de leitura e nem se saibam os limites dessa conectividade.
Segundo Mielniczuk e Palácios (2002), Landow (1997) considera que um hipertexto tenha, como características fundantes e fundamentais, a intertextualidade, a descentralização e a intratextualidade.
O termo hipertexto surgiu na década de 60 e seu criador foi o filósofo, sociólogo e pioneiro da Tecnologia da Informação Theodor H. Nelson. Segundo Nelson, a inspiração que o levou a desenvolver o hipertexto partiu da necessidade que ele sentia de trabalhar, lendo e escrevendo, em uma máquina capaz de apresentar os blocos de texto produzidos de forma não-linear, de maneira que o autor pudesse mover as partes do texto e editá-las na escrita linear impressa ou manuscrita.
A compreensão do hipertexto ao leitor é necessária para que haja interação com o texto, assumindo um papel ativo e utilize novas formas de ler, pois possibilita novos conhecimentos através de uma cadeia de informações interligadas, além de servir como uma importante ferramenta de ensino e aprendizagem.
                                                                                                                     
    
Referências:

RIBEIRO, Ana Elisa. Trabalho apresentado no GT Hipertexto: que texto é esse?, no XI Simpósio Nacional de Letras e Linguística e I Simpósio Nacional de Letras e Linguística, Uberlândia, nov. 2006.

<http://www.letramagna.com/entrevistavera.htm> Acesso em 19 de janeiro de 2015